8 de jun. de 2012

Ray Bradbury morre, mas fica


Ray Bradbury faleceu, aos 91 anos, na quarta-feira, 06 e junho de 2012. E demorei para escrever sobre isso porque não sabia exatamente o que falar sobre um autor que transformou a literatura de ficção científica.

Particularmente, este não é o meu gênero literário favorito. Longe disso, até. Mas talvez seja por isso mesmo que eu me afeiçoei a Bradbury.

Sem vergonha nenhuma assumo que só fui conhecer o trabalho dele já na vida universitária. Ray Bradbury foi uma das coisas mais incríveis que a PUC me trouxe.

E, também sem vergonha nenhuma, assumo que eu tinha preconceito contra o livro que precisávamos debater, que era "só" Fahrenheit 451. Naquela época, eu não podia imaginar que a trama desse livro seria uma motivação para minha carreira no mundo editorial.

Mas, universitária preguiçosa, juntei-me com os amigos da turma de jornalismo na casa da cinéfila da turma, para assistirmos a adaptação do filme. Achava eu, muito ingênua, que isso bastaria. Ledo engano. Depois de assistirmos o filme, fiquei completamente encantada pela trama e devorei o livro em poucos dias.

A partir de então, recomendo a todos que tenham uma relação próxima com livros, que LEIAM e ASSISTAM Fahrenheit 451. Mas que, acima de tudo, reflitam sobre a mensagem da trama.

O mundo editorial está carente de autores como Ray Bradbury. Portanto, cabe a nós manter a memória e o talento dele vivos, lendo e relendo seus livros.




"Encontre um personagem, como você, que vai querer ou não algo com todo o coração. Mande-o correr. Atire-o para fora. Depois o siga o mais rápido que puder. O personagem, em seu grande amor ou ódio, vai empurrá-lo até o final da história." 
Ray Bradbury – trecho extraído da obra “Zen e a arte da escrita”, trecho indicado pela Editora Leya.

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